Nascido em águas mornas,
como nascem peixes dóceis,
sem amparo ou resguardos,
sem desejos ou querências,
mas aconchegados.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Surtamos quando olhamos adiante,
além das montanhas,
por entre o ofuscar do sol,
com nossos pés dormentes de tanto caminhar;
e também quando olhamos para trás,
e vemos os obstáculos por que passamos,
nossas pegadas no barro seco,
úmido somente pelo suor que de nós escorreu pelo caminho;
e então percebemos que esse caminho ainda segue
por muito e muito,
até que nos terminemos por completo,
e percebamos que, pela chegada,
já havíamos passado há muito tempo.
além das montanhas,
por entre o ofuscar do sol,
com nossos pés dormentes de tanto caminhar;
e também quando olhamos para trás,
e vemos os obstáculos por que passamos,
nossas pegadas no barro seco,
úmido somente pelo suor que de nós escorreu pelo caminho;
e então percebemos que esse caminho ainda segue
por muito e muito,
até que nos terminemos por completo,
e percebamos que, pela chegada,
já havíamos passado há muito tempo.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Lívia
Lembro de cada sorriso teu,
de cada momento que passamos juntos,
que te fiz gargalhar,
que te fiz dormir nos meus braços,
que cuidei de ti,
que me preocupei,
que dormi na porta da tua casa,
dos fins de semana ao lado do telefone silencioso,
das minhas tentativas de ser intransigente,
dos meus pedidos de desculpas,
das flores que te dei,
dos peixinhos do teu aquário,
do teu sofá,
das tuas pernas sobre as minhas,
dos carinhos no teu rosto,
da tua mão no meu cabelo,
da noite na fábrica,
de quando disse estar apaixonado por ti.
E agora...
tudo que quero é achar uma forma
de pôr essas lembranças todas numa caixinha,
e deixá-las lá,
no fundo de um baú.
Para que um dia,
bem velhinho,
eu possa revê-las, e
com um sorriso e uma lágrima vagarosa,
ver o quanto, um dia,
mesmo que por pouco tempo,
fui feliz ao lado de alguém.
Mas enquanto não encontro essa caixinha,
as tenho aqui comigo,
te mantendo ao meu lado em cada minuto do meu dia,
e fazendo as minhas lágrimas vagarosas
correrem rápidas pela minha face...
de cada momento que passamos juntos,
que te fiz gargalhar,
que te fiz dormir nos meus braços,
que cuidei de ti,
que me preocupei,
que dormi na porta da tua casa,
dos fins de semana ao lado do telefone silencioso,
das minhas tentativas de ser intransigente,
dos meus pedidos de desculpas,
das flores que te dei,
dos peixinhos do teu aquário,
do teu sofá,
das tuas pernas sobre as minhas,
dos carinhos no teu rosto,
da tua mão no meu cabelo,
da noite na fábrica,
de quando disse estar apaixonado por ti.
E agora...
tudo que quero é achar uma forma
de pôr essas lembranças todas numa caixinha,
e deixá-las lá,
no fundo de um baú.
Para que um dia,
bem velhinho,
eu possa revê-las, e
com um sorriso e uma lágrima vagarosa,
ver o quanto, um dia,
mesmo que por pouco tempo,
fui feliz ao lado de alguém.
Mas enquanto não encontro essa caixinha,
as tenho aqui comigo,
te mantendo ao meu lado em cada minuto do meu dia,
e fazendo as minhas lágrimas vagarosas
correrem rápidas pela minha face...
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Sonhei que os dias eram sempre nublados,
e que as noites não existiam,
que o tempo era morno e quente.
E que ficava deitando no sofá,
com o olhar no teto,
esperando a brisa vir
e secar meu suor.
E os latidos dos cães, ouvia.
Lá, presos a coleiras,
distantes de abrigo,
com medo da chuva
que se preparava eternamente,
mas nunca vinha.
e que as noites não existiam,
que o tempo era morno e quente.
E que ficava deitando no sofá,
com o olhar no teto,
esperando a brisa vir
e secar meu suor.
E os latidos dos cães, ouvia.
Lá, presos a coleiras,
distantes de abrigo,
com medo da chuva
que se preparava eternamente,
mas nunca vinha.
sábado, 11 de outubro de 2008
terça-feira, 7 de outubro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
sentinelas
Sentinelas expostos ao vento,
armas em punho,
esperando inimigos que nunca chegam.
E quando chegam,
o medo se confunde:
É a excitação de ver o inimigo tão vivo,
tão quente, alí,
logo à frente.
O inimigo com quem sempre sonhara.
E o sentinela, de armas em mãos,
destroi o inimigo a golpes fortes,
e o põe em pedaços.
E o que tanto esperara,
o sonho que tivera,
falece em sangue diante de seus olhos,
e o vento volta a fatigar seu rosto
enquanto passa a sonhar novamente
com uma nova companhia
que deseje a sua morte.
armas em punho,
esperando inimigos que nunca chegam.
E quando chegam,
o medo se confunde:
É a excitação de ver o inimigo tão vivo,
tão quente, alí,
logo à frente.
O inimigo com quem sempre sonhara.
E o sentinela, de armas em mãos,
destroi o inimigo a golpes fortes,
e o põe em pedaços.
E o que tanto esperara,
o sonho que tivera,
falece em sangue diante de seus olhos,
e o vento volta a fatigar seu rosto
enquanto passa a sonhar novamente
com uma nova companhia
que deseje a sua morte.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
quinta-feira, 10 de julho de 2008
quinta-feira, 12 de junho de 2008
terça-feira, 10 de junho de 2008
quinta-feira, 5 de junho de 2008
terça-feira, 3 de junho de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
terça-feira, 27 de maio de 2008
Como nos sentimos
quando não temos direções,
quando não sabemos para onde rumar,
quando parece
não termos lar?
É quando pensamos no que queremos,
no que fazemos com nossas vidas?
Talvez, como água,
despenquemos de grandes alturas.
De lá até o chão,
numa queda contínua,
interminável,
corrente.
Para nossa aflição infinita,
nossa dor perene.
e para embelezar uma paisagem rústica.
Como nos sentimos?
O zunido do vento é rápido pelos nossos ouvidos.
Velocidade maior que a que temos
para compreender sua mensagem.
E seguimos em queda...
Nos perguntando acerca do nosso lar.
quando não temos direções,
quando não sabemos para onde rumar,
quando parece
não termos lar?
É quando pensamos no que queremos,
no que fazemos com nossas vidas?
Talvez, como água,
despenquemos de grandes alturas.
De lá até o chão,
numa queda contínua,
interminável,
corrente.
Para nossa aflição infinita,
nossa dor perene.
e para embelezar uma paisagem rústica.
Como nos sentimos?
O zunido do vento é rápido pelos nossos ouvidos.
Velocidade maior que a que temos
para compreender sua mensagem.
E seguimos em queda...
Nos perguntando acerca do nosso lar.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Amores passados.
Cicatrizes,
marcas que não causam mais dor.
Lembranças de tempos bons,
e sutis,
e rápidos.
Como flashes de felicidade,
atrás dos quais correremos a vida toda.
Pois nada mais queremos para o futuro
que reviver os bons momentos do passado.
E então,
andamos em círculo,
de novo, e de novo, e de novo...
Cicatrizes,
marcas que não causam mais dor.
Lembranças de tempos bons,
e sutis,
e rápidos.
Como flashes de felicidade,
atrás dos quais correremos a vida toda.
Pois nada mais queremos para o futuro
que reviver os bons momentos do passado.
E então,
andamos em círculo,
de novo, e de novo, e de novo...
terça-feira, 20 de maio de 2008
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Casarões de madeira escura,
matas fechadas,
ambientes húmidos,
de mobília pouca.
Ventos frios,
sulinos,
cortantes sobre a pele,
sobre as faces
de quem o vê.
(Só de quem o vê...)
Como quem procura por fantasmas
em noites nubladas,
de vistas turvas,
de geada póstuma.
Noites de solidão,
para ambientes fechados,
apertados.
Ambientes de sem corpos,
de vento,
a quem o vê...
matas fechadas,
ambientes húmidos,
de mobília pouca.
Ventos frios,
sulinos,
cortantes sobre a pele,
sobre as faces
de quem o vê.
(Só de quem o vê...)
Como quem procura por fantasmas
em noites nubladas,
de vistas turvas,
de geada póstuma.
Noites de solidão,
para ambientes fechados,
apertados.
Ambientes de sem corpos,
de vento,
a quem o vê...
terça-feira, 13 de maio de 2008
quinta-feira, 8 de maio de 2008
terça-feira, 29 de abril de 2008
Coisas estranhas às vezes acontecem,
e nos perturbam.
Como não nos perturbar com elas?
As percebemos estranhas,
mas as mantemos conosco,
escondendo nossa razão
sob um vulto de fé
em que nem nós mesmos cremos.
No fundo,
nem nós mesmos cremos.
Nunca acreditamos, deveras,
mas nos iludimos,
e vivemos disso durante pasmos de tempo.
Voltamos a nós, subitamente,
e nos vemos sós.
Racionais, mais fortes,
e, de novo, sós.
Súbitos de vida não passam, ora
de súbitos:
curtos, convulsivos,
instantâneos.
e nos perturbam.
Como não nos perturbar com elas?
As percebemos estranhas,
mas as mantemos conosco,
escondendo nossa razão
sob um vulto de fé
em que nem nós mesmos cremos.
No fundo,
nem nós mesmos cremos.
Nunca acreditamos, deveras,
mas nos iludimos,
e vivemos disso durante pasmos de tempo.
Voltamos a nós, subitamente,
e nos vemos sós.
Racionais, mais fortes,
e, de novo, sós.
Súbitos de vida não passam, ora
de súbitos:
curtos, convulsivos,
instantâneos.
terça-feira, 22 de abril de 2008
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Tempos
Tempos remotos,
de vidas remotas,
de vidas minúsculas.
Tempos que passam pela janela,
que vêm com o vento,
que trazem poeira
e memórias.
Tempos de andanças,
de guerra,
de cartas trocadas
de antigas paixões
Tempos de mudanças,
de nuancias,
em nós, mesmos.
Tempos de resguardas,
de medos,
de ansiedades,
de velocidades,
e de fluxos.
Tempos passados...
Tempos de surtos.
Tempos de loucura.
O nosso tempo...
de vidas remotas,
de vidas minúsculas.
Tempos que passam pela janela,
que vêm com o vento,
que trazem poeira
e memórias.
Tempos de andanças,
de guerra,
de cartas trocadas
de antigas paixões
Tempos de mudanças,
de nuancias,
em nós, mesmos.
Tempos de resguardas,
de medos,
de ansiedades,
de velocidades,
e de fluxos.
Tempos passados...
Tempos de surtos.
Tempos de loucura.
O nosso tempo...
terça-feira, 15 de abril de 2008
Poema Para Manhãs Chuvosas
Cinzas, cinzeiros e cinzentos.
Névoas sobre prédios de rocha
mortos,
insípidos.
Manhãs nebulosas
de chuva fina
e fria.
Como corações sem dono,
corpos desalmados,
profecias incorretas.
Manhãs de idéias vagas
que vagam por mentes intranqüilas
e vagam...
Manhãs de amores não correspondidos,
de nostalgias incorrigíveis,
de desejos de corpos,
de aconchego
em seios aonde deitarmos nossas mentes
e dormirmos.
Chuvas finas
que nos infiltram de medos,
de calafrios, inseguranças,
que nos atermentam
com suas tormentas ingênuas.
Manhãs de alegrias simples,
de infâncias felizes
e quentes, sob carinhos.
Manhãs de sorrisos singelos,
de pensamentos ciganos,
de olhares pela janela,
de sonolências.
Névoas sobre prédios de rocha
mortos,
insípidos.
Manhãs nebulosas
de chuva fina
e fria.
Como corações sem dono,
corpos desalmados,
profecias incorretas.
Manhãs de idéias vagas
que vagam por mentes intranqüilas
e vagam...
Manhãs de amores não correspondidos,
de nostalgias incorrigíveis,
de desejos de corpos,
de aconchego
em seios aonde deitarmos nossas mentes
e dormirmos.
Chuvas finas
que nos infiltram de medos,
de calafrios, inseguranças,
que nos atermentam
com suas tormentas ingênuas.
Manhãs de alegrias simples,
de infâncias felizes
e quentes, sob carinhos.
Manhãs de sorrisos singelos,
de pensamentos ciganos,
de olhares pela janela,
de sonolências.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Amores à distância
corroem bem de perto,
nos sufocam,
nos tomam as forças.
Nos iludem,
fantasiam alegrias
em mentes sedentas de idealismos.
Amores à distância
nos fazem crianças,
nos transformam em enerias,
nos põem em sinergia
com almas desconhecidas.
Amores à distância
maltratam nosso espírito,
inspiram nossos corpos,
corrompem nossos pensamentos,
nos transformam em carne.
Amores à distância
são vulgas paixões,
atormentadoras,
desconcentrantes,
desconcertantes.
Amores à distância
são a vida nas veias
de quem pensava poder domá-la.
Amores à distância, pois,
que me levem!
Que me iludam, que seja,
mas sobre o seio de quem me tem
mais que em pele,
mas completamente.
corroem bem de perto,
nos sufocam,
nos tomam as forças.
Nos iludem,
fantasiam alegrias
em mentes sedentas de idealismos.
Amores à distância
nos fazem crianças,
nos transformam em enerias,
nos põem em sinergia
com almas desconhecidas.
Amores à distância
maltratam nosso espírito,
inspiram nossos corpos,
corrompem nossos pensamentos,
nos transformam em carne.
Amores à distância
são vulgas paixões,
atormentadoras,
desconcentrantes,
desconcertantes.
Amores à distância
são a vida nas veias
de quem pensava poder domá-la.
Amores à distância, pois,
que me levem!
Que me iludam, que seja,
mas sobre o seio de quem me tem
mais que em pele,
mas completamente.
sábado, 5 de abril de 2008
A uma Trash Girl...
Um brinde também, minha querida,
a ti,
e à vida!
Que nos cria coisas estranhas,
antes tão perto,
ao lado,
mas invisíveis.
E agora
tão distantes...
Um brinde à vida!
Que nos sacaneia com surpresas surreais,
que nos salva de descrenças,
que nos faz crer nela novamente,
mesmo que timidamente.
Um brinde a vocês, mulheres!
Suas filhas da mãe que nos sugam,
que nos tomam nossas forças,
quando mais as afastamos,
e nos põem no colo.
Ah, nos põem no colo...
e nos acariciam,
nos fazem ver que somos, nada mais,
que um brinquedo,
da vida.
Um brinde à vida, Vagabundos,
um brinde à vida!
Que nos reconhece como nada,
que humilha nossos orgulhos,
nossas palavras de ordem.
Que nos põe como meninos
frágeis,
carentes,
solitários,
em mãos de mulheres,
que nem conhecemos.
Ah, Vagabundos...
Um brinde à vida, um brinde à vida...
a ti,
e à vida!
Que nos cria coisas estranhas,
antes tão perto,
ao lado,
mas invisíveis.
E agora
tão distantes...
Um brinde à vida!
Que nos sacaneia com surpresas surreais,
que nos salva de descrenças,
que nos faz crer nela novamente,
mesmo que timidamente.
Um brinde a vocês, mulheres!
Suas filhas da mãe que nos sugam,
que nos tomam nossas forças,
quando mais as afastamos,
e nos põem no colo.
Ah, nos põem no colo...
e nos acariciam,
nos fazem ver que somos, nada mais,
que um brinquedo,
da vida.
Um brinde à vida, Vagabundos,
um brinde à vida!
Que nos reconhece como nada,
que humilha nossos orgulhos,
nossas palavras de ordem.
Que nos põe como meninos
frágeis,
carentes,
solitários,
em mãos de mulheres,
que nem conhecemos.
Ah, Vagabundos...
Um brinde à vida, um brinde à vida...
quinta-feira, 3 de abril de 2008
segunda-feira, 31 de março de 2008
Andarilhos
Caminhadas solitárias por campos insólidos,
vulgos matos sem dono,
em passos lentos
e pensamento fulgás.
Caminhadas por noites adentro,
madrugadas à hora,
sem rumos, ao vento,
afora.
Olhares distantes, perdidos no espaço,
encontram pensamentos idem,
e a idéia vira imagem,
e o corpo
se perde.
Vidas tímidas.
Idéias simples.
Espíritos confusos...
... e inquietos.
Pensadores da vida.
Andarilhos das ruas.
vulgos matos sem dono,
em passos lentos
e pensamento fulgás.
Caminhadas por noites adentro,
madrugadas à hora,
sem rumos, ao vento,
afora.
Olhares distantes, perdidos no espaço,
encontram pensamentos idem,
e a idéia vira imagem,
e o corpo
se perde.
Vidas tímidas.
Idéias simples.
Espíritos confusos...
... e inquietos.
Pensadores da vida.
Andarilhos das ruas.
quinta-feira, 27 de março de 2008
segunda-feira, 24 de março de 2008
segunda-feira, 17 de março de 2008
Desgraçados
Vidas insolúveis
de desgraçados, vagabundos.
Sujos senhores de ruas, de sargetas,
que nada têm,
nada querem,
nada... além.
Desgraçados homens de botecos podres,
de copos de vidro grosso,
de aguardentes esbranquiçadas,
fortes, quentes,
queimantes,
suadas.
Vagabundos de favelas,
de violões desafinados,
de músicas simples,
de mulheres mal amadas,
de incompreensões de si mesmos,
e de todo o resto.
Vagabundos e desgraçados,
juntos,
e o mesmo,
em mesmos corpos.
Homens da vida,
enfim,
real.
de desgraçados, vagabundos.
Sujos senhores de ruas, de sargetas,
que nada têm,
nada querem,
nada... além.
Desgraçados homens de botecos podres,
de copos de vidro grosso,
de aguardentes esbranquiçadas,
fortes, quentes,
queimantes,
suadas.
Vagabundos de favelas,
de violões desafinados,
de músicas simples,
de mulheres mal amadas,
de incompreensões de si mesmos,
e de todo o resto.
Vagabundos e desgraçados,
juntos,
e o mesmo,
em mesmos corpos.
Homens da vida,
enfim,
real.
quinta-feira, 13 de março de 2008
Homens e mulheres são feitos de areia.
Uma areia húmida,
molhada,
que se prende a seus corpos,
composta de fibras
e sal.
Homens e mulheres são feitos de folhas
que caem de árvores altas,
desconhecidas,
selvagens.
Homens e mulheres...
... são corpos compostos de vento,
de nuvem,
de vapor.
Nada mais que testemunhas de si próprios,
de vertigens perante o nada,
ou do que nada sabem...
mas pensam saber.
Uma areia húmida,
molhada,
que se prende a seus corpos,
composta de fibras
e sal.
Homens e mulheres são feitos de folhas
que caem de árvores altas,
desconhecidas,
selvagens.
Homens e mulheres...
... são corpos compostos de vento,
de nuvem,
de vapor.
Nada mais que testemunhas de si próprios,
de vertigens perante o nada,
ou do que nada sabem...
mas pensam saber.
terça-feira, 11 de março de 2008
Quando crescemos soltos, sobre folhagens
sem entender o andar da vida
é que percebemos essa incompreensão.
(E é a única coisa que para sempre entenderemos)
Afinal, dos que nos interessa sermos entendedores do mundo
se dele somos incapazes de gozar?
Quero a minha ignorância
para poder, pelo menos dela,
gozar completamente.
sem entender o andar da vida
é que percebemos essa incompreensão.
(E é a única coisa que para sempre entenderemos)
Afinal, dos que nos interessa sermos entendedores do mundo
se dele somos incapazes de gozar?
Quero a minha ignorância
para poder, pelo menos dela,
gozar completamente.
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