quinta-feira, 12 de junho de 2008

Incessantes...
Nos querem sempre.

Nos atormentam,
turvam nossa visão,
mesmo aquém da neblina,

mas muito além
do que somos capazes.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Voltar e voltar,
querer de novo,
desprezar o novo,
ter medo...

Deixemos tudo isso,
pois só nos resta ir.

Nada mais...

Viver, como nada mais...

Transar com a vida a cada momento,
chupá-la,
lamber cada parte do seu corpo,
sugá-la,
terminá-la a cada instante.

Não temer, enfim,
a nós mesmos.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Lutas íntimas
e caminhadas sem fim...

Passos e mais passos
apressados.

Suor.

Tensões que atormentam
e mãos trêmulas,

enquanto o tempo passa...

terça-feira, 3 de junho de 2008

O ir e vir
como o badalar de um relógio:
interminável,
constante,
pontual.

Não sabermos aonde ir
sempre nos traz de volta à casa.

Mesmo que esta
em nada nos agrade,
em nada nos console,
não nos receba bem.

E desse lar fugimos sem rumo...

Nos fazendo escolher entre voltar,
ou nos perder

para sempre.