terça-feira, 15 de abril de 2008

Poema Para Manhãs Chuvosas

Cinzas, cinzeiros e cinzentos.

Névoas sobre prédios de rocha
mortos,
insípidos.

Manhãs nebulosas
de chuva fina
e fria.

Como corações sem dono,
corpos desalmados,
profecias incorretas.

Manhãs de idéias vagas
que vagam por mentes intranqüilas
e vagam...

Manhãs de amores não correspondidos,
de nostalgias incorrigíveis,
de desejos de corpos,
de aconchego
em seios aonde deitarmos nossas mentes
e dormirmos.

Chuvas finas
que nos infiltram de medos,
de calafrios, inseguranças,
que nos atermentam
com suas tormentas ingênuas.

Manhãs de alegrias simples,
de infâncias felizes
e quentes, sob carinhos.

Manhãs de sorrisos singelos,
de pensamentos ciganos,
de olhares pela janela,

de sonolências.

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