sábado, 5 de abril de 2008

A uma Trash Girl...

Um brinde também, minha querida,
a ti,
e à vida!

Que nos cria coisas estranhas,
antes tão perto,
ao lado,
mas invisíveis.

E agora
tão distantes...

Um brinde à vida!

Que nos sacaneia com surpresas surreais,
que nos salva de descrenças,
que nos faz crer nela novamente,
mesmo que timidamente.

Um brinde a vocês, mulheres!

Suas filhas da mãe que nos sugam,
que nos tomam nossas forças,
quando mais as afastamos,

e nos põem no colo.
Ah, nos põem no colo...

e nos acariciam,
nos fazem ver que somos, nada mais,
que um brinquedo,

da vida.

Um brinde à vida, Vagabundos,
um brinde à vida!

Que nos reconhece como nada,
que humilha nossos orgulhos,
nossas palavras de ordem.

Que nos põe como meninos
frágeis,
carentes,
solitários,
em mãos de mulheres,
que nem conhecemos.

Ah, Vagabundos...
Um brinde à vida, um brinde à vida...

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